Você já viu seu filho acordar todos os dias com o nariz entupido, espirrando sem parar ou coçando os olhos? Isso pode ser muito mais do que um simples “resfriado mal curado”. Esses sintomas, principalmente se ocorrem de forma repetida ou persistente, são típicos da rinite alérgica — uma das doenças crônicas mais comuns na infância.

 

O que é rinite alérgica?

A rinite alérgica é uma inflamação da mucosa do nariz, desencadeada por uma resposta exagerada do sistema imunológico a partículas do ambiente — como ácaros da poeira, pelos de animais, fungos e pólen.

Ela não é contagiosa, mas atrapalha bastante a qualidade de vida da criança: afeta o sono, interfere na atenção e no rendimento escolar, causa irritabilidade e até aumenta o risco de desenvolver outras doenças, como sinusite e asma.

 

Quais são os principais sintomas?

  • Nariz entupido ou escorrendo (coriza clara)

  • Espirros em sequência, principalmente pela manhã

  • Coceira no nariz, olhos, garganta ou ouvidos

  • Olhos vermelhos e lacrimejantes

  • Respiração pela boca e roncos noturnos

  • Voz anasalada e olheiras (“olheiras alérgicas”)

Esses sintomas são recorrentes e podem se intensificar em determinadas épocas do ano ou em contato com certos ambientes.

 

Por que meu filho tem rinite?

A rinite alérgica tem um forte componente genético. Se um dos pais tem rinite, alergias respiratórias ou asma, a chance do filho também desenvolver é maior. Além disso, fatores ambientais — como exposição precoce a alérgenos, poluição e fumaça de cigarro — aumentam o risco e a gravidade dos sintomas.

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da rinite alérgica é clínico — ou seja, baseado na história do paciente e no exame físico. Em alguns casos, especialmente se há dúvida sobre o que desencadeia os sintomas, podem ser solicitados testes alérgicos (como o teste cutâneo ou exames de sangue).

 

Existe tratamento?

Sim! O tratamento da rinite alérgica tem três pilares principais:

  1. Evitar os alérgenos: nem sempre é fácil, mas reduzir o contato com poeira, mofo, pelos de animais e outros gatilhos faz muita diferença.

  2. Medicamentos: usamos sprays nasais com corticosteroides e, em alguns casos, lavagens com soro fisiológico e antialérgicos para controlar os sintomas.

  3. Imunoterapia (vacina para alergia): indicada para casos persistentes ou graves, ajuda a “educar” o sistema imunológico a reagir menos aos alérgenos, oferecendo controle de longo prazo.

 

Atenção: rinite não tratada é coisa séria

Além do desconforto, a rinite alérgica mal controlada pode comprometer o sono, o crescimento e o desempenho escolar da criança. Também é um fator de risco importante para asma e pode piorar quadros já existentes. Por isso, o acompanhamento com um especialista faz toda a diferença.

 

Convivendo com mais leveza

Com um diagnóstico bem feito e o tratamento adequado, a rinite pode ser controlada, e seu filho pode respirar, dormir e brincar melhor. É importante um olhar atento para cada caso, entender os impactos no dia a dia da família e traçar uma abordagem individualizada, com segurança e acolhimento.

Se você desconfia que seu filho tem rinite alérgica, não normalize os sintomas. Marque uma avaliação. Respirar bem é viver bem — e isso começa na infância.

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